sábado, 7 de novembro de 2015

10 A guerra é o engano



A estas alturas, Maomé já se havia dado conta da vantagem tática que iria supor a decidida valentia de seus guerreiros. Como líder religioso, era capaz de oferecer a seus seguidores ameaças e incentivos na outra vida que a maioria dos comandantes e militares não podia utilizar. Também estabeleceu mais regras como a que figura na Sira.

I477 Quando um muçulmano enfrenta um kafir na guerra, não deve dar-lhe as costas exceto se é uma manobra tática. Um muçulmano que luta pela causa de Alá deve enfrentar o inimigo. Não fazê-lo despertaria a ira de Alá e provocaria o juízo do inferno. O medo não é uma opção para um jihadista.

Os termos da jihad foram criados nesta época e ficaram registrados na biografia de Ishaq:

I480 Se aqueles que praticavam as antigas religiões se submetem ao Islã, tudo é perdoado. Mas se não o fazem, aprenderão a lição de Badr. A jihad não se deterá até que os kuffar se rendam ao Islã. Só a aceitação do Islã salvará ao kafir.

O Corão respalda:
8:38 Dize aos descrentes que, se se emendarem, o passado ser-lhe-á perdoado. E se reincidirem, que contemplem o exemplo dos antigos! Deus os observa. E combatei-os até que não haja mais idolatria e que a religião pertença exclusivamente a Deus. Se desistirem, Deus observa o que fazem. Mas se persistirem, sabei que Deus é vosso protetor e aliado.


Comentários do autor:
Maomé deixou claro que seus inimigos tinham duas opções: submeter-se a sua vontade ou lutar contra seus seguidores suicidas até o final. Ameaçar as pessoas para que se rendessem ou, em caso contrário, para que assumissem sua morte, não é um conceito novo, nem sequer o era na época de Maomé. A autêntica genialidade da jihad reside no uso do engano. Maomé o usava para confundir aos inimigos e fazer-lhes crer que iam negociar, quando na realidade ele havia jurado lutar contra eles até que se submetessem ou até matá-los.
Maomé dividiu o mundo em duas partes: Dar al Islam e Dar al Harb. Dar al Islam era a terra do Islã, que se havia submetido e estava governada pela lei Sharia. Por outro lado, Dar al Harb era a terra da guerra, composta pelo resto do território do planeta. As nações podem não ser conscientes de que se encontram em guerra com o Islã, mas se elas não estão governadas pela lei Sharia, então o Islã está em guerra com elas.
Todos os muçulmanos formam parte de uma nação conhecida como Ummah, que se encontra em guerra com o resto das nações. Se bem que pode não haver troca de hostilidades em um momento concreto, tecnicamente estão em guerra, inclusive se os muçulmanos não o sabem. Esta paz é temporal e recebe o nome de Hudna. Portanto, um muçulmano que vive na Inglaterra não é um inglês que é além disso muçulmano. Trata-se de um muçulmano que está vivendo na Inglaterra e sua lealdade é, antes de tudo, para a Ummah, que tecnicamente está em guerra com o Reino Unido.
É a capacidade do Islã para ocultar estes feitos aos não muçulmanos que faz com que a jihad tenha tanto êxito. Os líderes muçulmanos o compreendem e empregam grande parte de seus recursos em promover este engano. Ja vimos o modo em que os textos sagrados se apresentam para dificultar ao máximo sua interpretação. Mas adiante, veremos em maior detalhe de que forma o Islã político funciona sem descanso para perpetuar o dito engano.
Esta é a tática seguinte da jihad e é sem dúvida a mais importante de todas.

Regras da jihad:
6) Engane seu inimigo (o kafir) sempre que seja possível para garantir a vitória.

Maomé não só utilizava a mentira com frequência, veremos também que fazia isso muito bem.
Já que estamos tratando do tema da mentira, concentre-se no uso do verbo “perseguir” na citação do Corão que aparece antes deste capítulo. Pode parecer estranho que Maomé, que estivesse em pleno ataque a seus inimigos, e se queixasse ao mesmo tempo de perseguição. Maomé redefiniu o termo “perseguir” para falar daqueles que não aceitavam serem governados de acordo com a Sharia. Quer dizer, se supõe que o Islã deve reinar em todo mundo, e que aqueles que se opõem estão “perseguindo” aos muçulmanos, inclusive quando são estes os que atacam. As palavras são algo muito poderoso. As palavras definem pensamentos, então transvergi-las pode alterar o modo em que as pessoas pensam. Devemos ser conscientes de que se alguém se opõe a introdução da lei Sharia em sua sociedade, se considerará que está perseguindo aos muçulmanos e, por este motivo, será legítimo lhes atacar. A doutrina islâmica veria esse ataque como um ato em “defesa própria”. E mais que isso, os kuffar assassinados pela jihad não são considerados vítimas “inocentes”. Com frequência escutamos aos portavozes muçulmanos insistirem em dizer que o assassinato de vítimas “inocentes” vai contra a todos os ensinamentos do Islã. O que não explicam é o conceito diferente da palavra “inocente” que estes ensinamentos empregam.

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